A Polícia Federal brasileira, em conjunto com as autoridades italianas, conseguiu identificar o paradeiro da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) na Itália, onde ela está foragida após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por crimes de falsidade ideológica e invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Zambelli deixou o Brasil no início de junho, antes da execução da pena, utilizando sua dupla cidadania italiana para ingressar no país europeu. A deputada chegou ao aeroporto de Roma no dia 5 de junho, mas não foi presa imediatamente devido a um “lapso temporal” entre a chegada e a inclusão de seu nome na lista vermelha da Interpol, que emitiu um alerta internacional para sua captura.
Desde então, as buscas se intensificaram, com a polícia italiana concentrando esforços na região metropolitana de Roma, após tentativas anteriores na região do Vêneto. O governo italiano, por meio da vice-ministra do Interior, Wanda Ferro, afirmou que as investigações seguem em cooperação com as autoridades brasileiras, mas ainda não havia confirmado a prisão da parlamentar até a manhã desta sexta-feira (13).
O embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, entregou formalmente o pedido de extradição ao Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano, conhecido como Farnesina. A extradição depende agora da decisão das autoridades italianas, que devem avaliar o pedido conforme os tratados internacionais vigentes.
Fontes próximas à investigação indicam que a prisão de Carla Zambelli pode ocorrer a qualquer momento, especialmente se ela for localizada em locais públicos, onde a ordem de prisão emitida pela Interpol tem validade imediata. A expectativa da Polícia Federal e da cúpula do governo brasileiro é que a deputada seja capturada em breve.
Carla Zambelli é uma figura central na tropa de choque bolsonarista e sua condenação representa um marco no combate a crimes digitais e ataques às instituições brasileiras. A situação também gerou repercussão política e diplomática, com questionamentos ao governo italiano sobre a demora na prisão e críticas sobre possíveis proteções políticas.
O caso segue em destaque, com a comunidade internacional acompanhando os desdobramentos da extradição e as implicações para a justiça brasileira.