A Polícia Civil de Taubaté encontrou o corpo de Mariana da Costa Nascimento, de 27 anos, enterrado em uma área rural da cidade, na Fazenda Canta Galo, após ela estar desaparecida desde o último domingo (8). O principal suspeito do crime é o ex-companheiro da vítima, Luiz Felipe da Silva de Moura, de 32 anos, que foi preso e confessou ter enterrado o corpo, embora negue o assassinato. Mariana tinha uma medida protetiva contra Luiz Felipe, concedida após denúncias de perseguição feitas em abril deste ano.
Mariana desapareceu após sair com Luiz Felipe, com quem mantinha um relacionamento conturbado. Ela havia informado a familiares que retornaria no dia seguinte, mas não voltou e não atendeu mais às ligações. A irmã da vítima registrou o desaparecimento no dia 9 de junho, o que deu início às investigações da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté.
Com o auxílio de imagens de câmeras de segurança, a polícia identificou movimentações suspeitas do veículo do suspeito em direção à zona rural da cidade. Durante as buscas, foram encontrados pertences da vítima às margens do rio Una, como botas e um celular. Após intenso trabalho de escavação, com apoio do Corpo de Bombeiros, o corpo foi localizado enterrado em local de difícil o.
O caso é tratado como feminicídio, já que Mariana possuía medida protetiva contra o ex-companheiro devido a ameaças e perseguição. A polícia considera a versão do suspeito, que alegou ter encontrado Mariana morta e enterrado o corpo, inconsistente diante das evidências coletadas. Luiz Felipe foi preso em flagrante por ocultação de cadáver, e a prisão preventiva foi solicitada devido à gravidade do crime e risco de fuga.
O delegado responsável, Vinicius Garcia Vieira, destacou que o crime ocorreu em contexto de violência doméstica, o que agrava a tipificação penal e pode aumentar a pena do acusado. O inquérito ainda está em andamento, com coleta de depoimentos e provas periciais para esclarecer todos os detalhes do caso.
Este caso reforça a importância das medidas protetivas e da denúncia em casos de violência doméstica. Mariana havia buscado ajuda judicial, mas infelizmente não conseguiu evitar a tragédia. A polícia e organizações de proteção à mulher alertam para a necessidade de apoio contínuo às vítimas e agilidade na resposta das autoridades.